Igreja da Nossa
Senhora da Apresentação

A igreja de Nossa Senhora da Apresentação, vulgarmente conhecida por Igreja Paroquial da Vera-Cruz, começou a edificar-se no ano de 1606 e terá sido concluída em 1616. Passados tantos anos conserva toda a sua beleza que fazem dela um dos tempos mais bonitos da nossa cidade, sobretudo em talha dourada. Junto ao arco cruzeiro de separação com a capela-mor estão dois retábulos colaterais de talha dourada, postos em ângulo, o da direita de invocação à Virgem Padroeira, Nossa Senhora da Apresentação e o da esquerda do Divino Salvador. A meio da nave, nas paredes laterais, existem outros dois retábulos laterais, o da direita dedicado à Senhora da Luz e da esquerda onde brilha a Cruz do Senhor do Bendito, que deu o nome a uma das Irmandades mais importantes da Paróquia, agora inativa. Junto da porta de entrada, do lado esquerdo, encontra-se a capela batismal, depois a capela do Santíssimo, fruto de obras recentes. Existe ainda um Espaço Museológico que conserva peças de maior relevância artística e cultural.


Capela do Senhor das Barrocas

Arquitetura religiosa, barroca. Capela barroca de planta otogonal, correspondendo à tipologia do barroco joanino. Prossegue o ciclo aveirense (e nacional) dos planos centralizados, tendo como grande expoente o lisboeta João Antunes. Exemplos anteriores, e que podem funcionar como possíveis influências, encontram-se na cidade de Aveiro, sendo o mais erudito o de São Gonçalinho. O retábulo principal de estilo joanino, de talha dourada, é da primeira metade do Séc.XVII, enquanto que os colaterais, de talha branca, apontam para a segunda metade do mesmo século. Estes incluem duas obras a têmpera de Pedro Alexandrino, representando uma "Adoração" e a "Anunciação". Nas paredes laterais da capela-mor quatro pinturas, de inferior qualidade, de Costa Morgado, com a temática inscrita - Naufrágio do Santa Joana de Aveiro em Viana do Castelo, Meu Pai, se é possível, desvie de Mim esse Cálice, Nossa Senhora das Dores e o Bom Pastor - realizadas em 1951. Na sacristia, destaca-se o lavatório pétreo, o crucifixo e o teto de caixotões polícromos, alternando enrolamentos vegetalistas com a emblemática da Paixão de Cristo.
(in monumentos.gov.pt - adaptado)


Capela de São Gonçalinho

Planta centralizada, composta por planta hexagonal que incorpora novo hexágono no enfiamento do eixo axial principal, correspondendo à sacristia.
Na fachada principal, toda de cantaria, rasga-se portal estendendo as suas molduras arquitetónicas a todo o pano vertical, desenvolvendo um sistema
de duplas pilastras e duplo entablamento arquitravado, toscano, coroado por nicho central com pequena edícula de remate adintelado, duplas pilastras coríntias - sendo as exteriores caneladas - ladeado por dois janelões triangulares e duas volutas estilizadas. Acima da estrutura adintelada dos panos verticais da igreja levanta-se a cúpula de setores com lunetas, inscrevendo ao centro chave ou florão. Por baixo do alto embasamento do altar-mor tem-se acesso à sacristia, de planta quadrangular e cobertura oitavada incluindo rodapé de azulejaria, lavatório e pequeno nicho com
cimalha reta. (in monumentos.gov.pt)


Capela da Senhora da Alegria

De planta retangular é composta por dois corpos correspondendo a nave e sacristia posterior que se prolonga, lateralmente, até meio do alçado da nave. Fachada principal de grande depuração com portal axial rectangular constituído por colunas geminadas dóricas, assentes em plinto e base quadrangular, fuste estriado com marcação de terço inferior, capitéis lisos com pés direitos e lintéis de arestas boleadas com cimalha superior. No interior de nave única, revestida a azulejaria polícroma de padronagem; púlpito ao Evangelho, de base pronunciada piramidal e decorada com molduras; dois retábulos laterais de remates circulares e arco cruzeiro exíguo, ogival, com capitéis de motivos vegetalistas. Capela-mor, também revestida a azulejos de padronagem, com retábulo parietal sobre alto embasamento, com predela corrida e registo único organizado em três panos verticais dividindo, por colunas coríntias, três nichos albergando estatuária.
(in monumentos.gov.pt - adaptado)


    20 janeiro: Mártir São Sebastião
    15 agosto: Nossa Senhora da Alegria
    Localização

Capela da Senhora das Febres

A Capela da Nossa Senhora das Febres, antiga Capela de São Roque situa-se no bairro piscatório da Beira-mar, muito próximo do canal. A Capela de São Roque terá sido edificada em finais do século XVI. É uma construção em pedra e cal, com cobertura em telha, pintada ao gosto popular. A fachada principal, junto à entrada do templo, apresenta dois contrafortes, um de cada lado da porta, que servem de bancos. No interior do templo, ao fundo, encontra-se a capela-mor, com o altar principal, encimado por um retábulo de madeira, pintado de dourado, onde se inscreve a imagem do orago – Nossa Senhora das Febres. Tradicionalmente a festa celebrava-se sempre no Domingo. O evento era promovido, organizado e financiado pelos marnotos da Ria de Aveiro, que para tal, aceitavam ser mordomos. Uma das suas funções era andar em bateiras, de marinha em marinha, a “tirar a esmola do sal” ou seja, pedir o contributo em sal, para patrocinar os festejos.